CÂMARA DA SOJA DISCUTE MERCADO E CLASSIFICAÇÃO DA OLEAGINOSA

As expectativas para o mercado interno e externo da soja, bem como a necessidade de atualização da Instrução Normativa nº 11, que trata da classificação da soja, foram discutidas na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Soja, realizada nesta terça-feira, 23.

PANORAMA DO MERCADO


Leonardo Amazonas, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) falou sobre as variações que podem impactar os preços da safra mundial de soja, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, e o aumento das importações chinesas e a produção americana. Amazonas também comentou sobre os aumentos consideráveis nos custos de produção nesta safra.

Quanto à produção brasileira nesta safra, a Conab estima colheita de 122,7 milhões de toneladas. As exportações da oleaginosa devem ficar próximo de 80 milhões de toneladas.

CLASSIFICAÇÃO


Glauco Bertoldo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, falou sobre a consulta pública que está sendo realizada, para tratar das necessidades de atualizar a IN 11, sobre a classificação da soja. A consulta fica aberta até maio, e, até início de abril, as entidades interessadas podem enviar dúvidas e sugestões sobre o texto proposto na instrução normativa.

PRAGAS QUARENTENÁRIAS


Os presentes falaram ainda sobre o andamento do grupo de trabalho para tratar das notificações de pragas quarentenárias em cargas de soja enviadas à China. Foi enviada uma solicitação à Embrapa, solicitando apoio para que um material de apoio seja criado, a fim de ser difundido junto aos produtores rurais, sobre o processo adequado no manejo da soja, voltada à exportação da oleaginosa. A Embrapa, em conjunto com as demais entidades, dará continuidade à produção do material. A meta é lançar a cartilha no Congresso da Soja, em maio.

FERTILIZANTES


Uma moção será enviada pela Câmara, em apoio à ministra, pedindo que sejam mantidos os esforços em prol do abastecimento de fertilizantes, garantindo condições logísticas e financeiras para que o país não fique desabastecido. Quase 50% dos fertilizantes usados pelo Brasil vem da Ucrânia e da Rússia.

Texto e imagem: Marília Souza/ACEBRA