CÂMARA DE INSUMOS DISCUTE PLANO SAFRA E ARMAZENAGEM

A necessidade de investimentos em armazenagem, bem como as expectativas para o próximo Plano Safra, foram os principais assuntos na última reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, realizada nesta segunda-feira, 07 de junho. O presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (ACERGS), Roges Pagnussat, participou da reunião.

PLANO SAFRA


Wilson Vaz de Araújo, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA-Mapa), afirmou que o Plano Safra ainda está atrasado, devido à aprovação recente do Projeto de Lei Nacional (PLN) 4/2021, que liberou crédito extra para crédito rural.  De acordo com Araújo, o Ministério da Agricultura conta com boas fontes de recursos para este Plano Safra, e espera oferecer cerca de R$ 13 bilhões em crédito. O público da agricultura familiar deve continuar tendo prioridade, bem como pequenos e médios produtores rurais. Araújo afirmou que todas as negociações devem ser finalizadas até 20 de junho, para que as operações de tomada de crédito comecem em 01 de julho, como previsto.

ARMAZENAGEM


Questionado sobre a necessidade de se desenvolver o setor de armazenagem, devido ao déficit que cresce ano após ano no país, Araújo afirmou que o assunto é prioridade, uma vez que as demandas apresentadas pelo setor corroboram com as necessidades já identificadas pelo Ministério da Agricultura.

Segundo Araújo, este Plano Safra deve ter “um pouco mais de recursos” para armazenagem, com taxas de juros atrativas. Ao cobrar mais atenção às cerealistas nas políticas públicas, Roges Pagnussat, presidente da ACERGS, pontuou que as empresas cerealistas representam 50% da capacidade de armazenagem no país, e cumprem um papel importante no apoio diário ao produtor rural. Na ocasião, Roberto Queiroga, diretor-executivo da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (ACEBRA), abordou a linha de R$ 200 milhões destinadas às cerealistas para investimentos em armazéns, e ressaltou que, por problemas técnicos dos agentes financeiros junto ao BNDES, muitas das propostas apresentadas pelos empresários cerealistas não foram aprovadas. Queiroga pontuou ainda que a vontade do setor de construir e investir em armazéns permanece, mas que é preciso políticas eficientes de incentivo ao setor.

Texto: Marília Souza/   ACEBRA