CRIADO PROGRAMA PARA EMPRESAS CEREALISTAS INVESTIREM EM ARMAZENAGEM

A Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (ACEBRA) comunica e celebra a criação do Programa BNDES Crédito Cerealistas, divulgado nesta semana pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo do referido programa é fornecer recursos, através de financiamento, para que empresas do setor cerealista possam investir em armazenagem, seja com a realização de obras civis ou aquisição de máquinas e equipamentos necessários à construção de armazéns, bem como à expansão da capacidade de armazenagem de grãos.

De acordo com a circular divulgada pelo banco, o programa terá duas linhas, uma com taxa de juros prefixada de 6% a.a, com volume de R$ 200 milhões, subvencionados pelo governo federal, e outra com recursos livres do BNDES e taxa pós-fixada, sem limite de volume.

Há anos o Brasil vive um grande déficit de armazenagem. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de grãos nas últimas safras excedeu em cerca de 70 milhões de toneladas a capacidade armazenadora estática do país. Para a ACEBRA, a criação do programa BNDES Crédito Cerealistas é uma forma de minimizar o problema, bem como de corrigir assimetrias existentes nas políticas públicas existentes entre os membros da cadeia produtiva nacional.

Os projetos de ampliação da capacidade armazenadora poderão ser 100% financiados com recursos das linhas de crédito. O prazo para pagamento é de até 13 anos, já incluídos três anos de carência, com amortização mensal, semestral ou anual. As solicitações de acesso ao crédito pelo programa poderão ser protocoladas a partir da próxima sexta-feira, 26 de fevereiro, e se encerram em 25 de junho.

A criação do referido programa é uma importante vitória para o setor cerealista, e só foi possível através do trabalho incansável da ACEBRA junto a integrantes do governo federal. O apoio constante do deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) também foi crucial para que a medida se tornasse realidade.

Texto: Marília Souza/ACEBRA