Nota à imprensa – frete tabelado, comida mais cara

Todos que precisam contratar serviços de frete rodoviário estão impedidos de negociar preços. Essa é a situação no Brasil desde 30 de maio de 2018, por decisão do Executivo, ratificada pelo Legislativo, em 11 de julho de 2018.

O tabelamento de preços mínimos de frete já está impactando a mesa e o bolso de todos os brasileiros. Alimentos ficaram e ficarão ainda mais caros. O fertilizante custará mais para o produtor. Grãos, como soja e milho, ficarão mais caros para o criador de frango e porco. Será mais custoso levar a carne até o supermercado. No final, essa conta vai ser paga pelo consumidor.

O aumento do frete vai reduzir a produção de comida nas áreas mais distante dos grandes centros. Novamente, isso fará os preços subirem, prejudicando todos os brasileiros, especialmente os mais necessitados.

Outros produtos também ficarão mais caros, como a gasolina e diesel. O aumento dos preços dos combustíveis impactará os custos de produção e os preços de todos os produtos. Os seja, teremos mais inflação.

Além dos empregos perdidos pela queda na produção, haverá queda nos investimentos. Ninguém quer investir com tamanha insegurança jurídica. Ninguém quer colocar dinheiro em um país onde a regra do jogo muda a todo o momento.

Custos crescentes. Insegurança jurídica crescente. O país está ficando muito menos competitivo e deixando de ser destino dos investidores.

A greve dos caminhoneiros teve um impacto sobre o custo de vida e a redá dos brasileiros. A tabela de frete mínimo tornará esses efeitos contínuos e devastadores.

O Brasil já teve experiências trágicas com controle de preços. O tabelamento de preços de frete é um golpe mortal na livre iniciativa. Não se pode permitir o retrocesso.

O governo também reincide no erro de conceder privilégio a grupos organizados com poder de lhe chantagear. A consequência da greve dos caminhoneiros nada mais gerou do que privilégios especiais a uma classe, cuja conta será paga por todos os demais brasileiros.

Infelizmente, o Executivo e o Legislativo fracassaram em evitar que o país recaísse nessas mesmas práticas equivocadas do passado. Cabe ao judiciário garantir a aplicação dos princípios constitucionais. É o que esperamos.

 

Assinam esta nota:

ABIOVE – Associação Brasileira das Indústrias de óleos Vegetais

ACEBRA – Associação das Empresas Cerealistas do Brasil

ANEC – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais

ANUT – Nacional dos Usuários de Transporte de Carga

APROSOJA – Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso