Na manhã desta quinta-feira (8) foi lançado em Brasília o “Manual de Boas Práticas de Classificação de Soja”. O evento, que aconteceu na sede da OCB, contou com a presença de diversas entidades do agronegócio. Representando a ACEBRA, estiveram presentes o Presidente Arney Frasson, o Diretor Executivo Roberto Queiroga e o Vice-Presidente da ACEPAR Alex Novello.

O objetivo do manual, elaborado entre as entidades ACEBRA, ABIOVE, ANEC e OCB, é de estabelecer a padronização de procedimentos e classificação da soja. Deste modo, a qualidade do grão, medida corretamente, determina qual o processo mais indicado de recepção, limpeza, secagem, armazenagem, expedição e comercialização. Com isso, o processo se torna mais transparente e confiável, e o resultado é uma classificação justa e imparcial.

Segundo Fábio Trigueirinho, Presidente Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – ABIOVE, o lançamento do manual irá evitar problemas e discussões com os próprios produtores. “Nós estamos muito satisfeitos de estarmos lançando uma cartilha para a classificação, na qual foi extensamente debatida a parte técnica. Chegamos a um consenso, uma padronização de procedimentos e isso vai ajudar muito daqui para a frente porque nós vamos ter uma classificação homogênea”.

Para Sérgio Mendes, Diretor-Geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, “a ANEC têm os contratos que dão cobertura para as exportações de soja para o mundo inteiro. Quando se fala em padrão, a ANEC tem que estar no contexto”.

Arney Frasson, Presidente da ACEBRA, ressaltou que a segurança e uniformidade de procedimento que o lançamento de um documento como este traz para o setor. “O lançamento dessa cartilha é uma coisa que nos deixa bastante satisfeitos. Faz com que haja um aperfeiçoamento constante das metodologias do trabalho, que haja segurança para todos. A classificação normalmente é fonte de alguns conflitos e essa cartilha vai ajudar nessa uniformização e consequentemente redução desses conflitos que ocorrem no campo. A classificação é uma fase muito delicada no relacionamento entre o comprador e o vendedor do grão.”

Márcio Lopes de Freitas, Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, destacou a ação conjunta entra as entidades. “O cooperativismo está fazendo parte deste momento, onde diferenças comerciais foram superadas para uma causa maior. Nós sabemos que a atuação do Governo é limitada, e muitas vezes não é por incompetência, é por impotência, pelas dificuldades burocráticas. Quando nós nos organizamos e assumimos esse papel as coisas podem render com mais velocidade. E essa cartilha marca essa posição. É nossa responsabilidade a construção do nosso futuro.”

Durante o lançamento, Daniel Amaral, Gerente de Economia da Abiove fez a apresentação do Manual; José Renato Bouças Farias, Chefe-Geral da Embrapa Soja, falou sobre os benefícios da classificação para o desenvolvimento da cadeia produtiva. E ainda, Fátima Parizzi, Coordenadora Geral de Qualidade Vegetal do MAPA foi a moderadora da mesa redonda: “Importância da Padronização da Classificação de Grãos, que contou com a participação dos debatedores Fernando Xavier, Presidente da Comissão de Classificação da Abiove, Paulo Carneiro, Gerente Geral de Armazéns da Cooperativa Comigo, Pedro Matos, Presidente da Associação das Supervisoras e Controladas do Brasil e Alex Novello, Vice-Presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Estado do Paraná.

Em seu discurso, Alex discorreu sobre o papel do setor cerealista: “Nós estamos na base aonde originamos o produto e sabemos bem como é a questão da discussão do produtor quando se fala em classificação. Com o manual, nós vamos estabelecer métodos para que tenhamos um produto de qualidade. Nós, como cerealistas, ficamos contentes em fazer com que esse manual chegue a todos os nossos associados e até aqueles que ainda não são associados, para que saibam como a soja deverá ser classificada em seu armazém, na saída e na entrega. E, principalmente ao produtor que é o grande provedor dessa matéria-prima.”