Por Marília Souza/ACEBRA
Com o objetivo de discutir a eficiência logística sob a ótica do embarcador para a competitividade do país, foi realizado nesta quinta-feira, 8 de agosto, o Seminário “Agenda 2030: Desafios da Logística Brasileira para a Competitividade Internacional”. O evento foi promovido pela ACEBRA, juntamente com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) e a Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (ANUT), com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O evento contou com a presença de representantes de autoridades públicas, executivos e empresários de diversos setores. Os principais assuntos debatidos no Seminário foram o déficit de armazenagem, a competitividade das hidrovias e dos portos e os gargalos e demandas dos modais rodoviário e ferroviário.
Na ocasião, foi lida a ‘Carta Brasil 2030: a visão dos usuários sobre a logística brasileira’. No documento, os usuários manifestaram seu posicionamento de integral apoio às políticas públicas que levem ao crescimento econômico, ao desenvolvimento sustentável e socialmente equilibrado, ao aumento da competitividade sistêmica da economia e à democracia representativa, abordando pressupostos como a manutenção do foco na redução do Custo Brasil, a promoção de ações de redução do custo da energia e a contínua melhoria de gestão nos ambientes da logística, eliminando gargalos, reduzindo burocracias e otimizando processos.
Para Alex Novello, diretor conselheiro da ACEBRA, que representou a entidade no Seminário, “o evento mostrou a importância de darmos atenção aos gargalos logísticos que existem no Brasil, e entre esses gargalos podemos citar o déficit de armazenagem. A produção agrícola brasileira tem crescido muito, mas a capacidade armazenadora não acompanha esse crescimento. A ACEBRA atua para diminuir esse déficit, o setor cerealista pode ser um aliado do governo para isso.”
Para o diretor de Negócios da ACEBRA, Luciano Markiewicz, “a armazenagem é uma das principais bandeiras da nossa Associação, porque o setor pode contribuir para aumentar a capacidade armazenadora do país. O Seminário discutiu essa necessidade e apontou que é urgente pensar no futuro, em como melhorar os diversos entraves de logística que o Brasil tem.”
O diretor-executivo da Associação, Roberto Queiroga, pontuou que “a ACEBRA tem atuado fortemente para diminuir as burocracias e os percalços que a logística brasileira apresenta para os usuários. Nossa entidade foi parceira na elaboração do DT-e, que inclusive é citado na Carta Brasil 2030, e sempre buscou políticas públicas para diminuir o déficit na armazenagem. O setor cerealista está disposto a contribuir com o aumento da armazenagem, e já deixamos isso claro para o governo, que podemos ser parceiros.”
De acordo com o último relatório Competitividade Brasil, da CNI, o Brasil é o 17º colocado no ranking que avalia a infraestrutura de transporte, ocupando a penúltima colocação, em 18 economias semelhantes à brasileira.