As dificuldades logísticas e o Plano Nacional de Fertilizantes foram os principais assuntos discutidos pelo colegiado da Câmara Temática de Insumos Agropecuários (CTIA), em reunião realizada na tarde desta terça-feira, 22, virtualmente.
Na ocasião, o secretário da Câmara, Luis Eduardo Rangel, falou sobre o grupo de trabalho criado para discutir e buscar soluções para os principais problemas do setor de fertilizantes, como a crise de abastecimento, os entraves logísticos e a necessidade de que o Brasil fortaleça e avance na diplomacia de insumos. De acordo com Rangel, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se mantém atento às demandas do setor, e tem conversado com o Ministério da Infraestrutura (Minfra) para monitorar, durante todo esse semestre, toda a logística que envolve a cadeia de fertilizantes.
Foi apresentado, em primeira mão, o Plano Nacional de Fertilizantes, desenvolvido pelo Observatório da Agropecuária Brasileira, do Mapa. O objetivo do plano é reduzir a grande dependência do Brasil por fornecedores internacionais, que hoje ultrapassa 80% . O plano prevê o mapeamento de áreas com reservas minerais a serem exploradas e exposição desses potenciais para a iniciativa privada; desburocratização de toda a cadeia de produção e campanha nacional com orientações sobre otimização do uso de fertilizantes no campo, entre outros.
Os presentes falaram sobre os desafios que o setor de fertilizantes vem enfrentando, como a falta de contêineres e a dificuldade de interlocução com o Minfra. Os problemas com produtos parados nos portos também foram abordados, bem como a falta de caminhões e mão-de-obra para operá-los. Guilherme Bastos Soria Filho, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reconheceu as demandas apresentadas e afirmou que o Mapa está atento para tentar resolver os gargalos logísticos, inclusive junto ao Minfra, e demais entraves que o setor tem enfrentado.
A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a GS1 Brasil foram aceitas como novos membros da Câmara.
Texto: Marília Souza/ACEBRA