As previsões de colheita na safra 2019/2020 e os impactos da queda de produção de grãos norte americana foram alguns dos assuntos tratados na 32º Reunião Ordinária da Câmara Setorial do Milho e Sorgo. O encontro aconteceu no Ministério da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente (MAPA) em Brasília, e contou com a participação do Subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia, Rogério Boueri.
Sobre o mercado do milho no Brasil, o gerente de Produtos Agropecuários da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thomé Guth, esclareceu que a estimativa é de que sejam colhidas mais de 98 milhões de toneladas de milho na safra 2018/2019. As exportações estão em ritmo mais acelerado que no mesmo período de 2018, e quanto à comercialização, mais de 36 milhões de toneladas – somente do milho segunda safra- já foram negociadas nos quatro principais estados produtores do grão, Paraná, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. As perspectivas para o produtor quanto aos preços são boas, grandes negociações já foram feitas para exportação e o mercado de etanol vem “pulsante”. De acordo com Guth, o mercado do milho se modificou muito e hoje “faz parte, inclusive, da dinâmica energética do Brasil”.
As perdas na safra de grãos nos Estados Unidos foram abordadas pelo presidente da Câmara, Sérgio Bortolozzo. Com uma queda na produção de milho de mais de 30 milhões de toneladas, o presidente ressaltou que qualquer nova intempérie climática agravaria a situação, e que esse cenário pode ter um impacto positivo para o Brasil. Segundo Bortolozzo, já existem, inclusive, especulações para exportar etanol de milho do Brasil para suprir a demanda norte americana.
Antonio Moraes, coordenador geral de Crédito Rural Secretária de Política Agrícola do MAPA, falou sobre o Plano Safra 2019/2020. Os recursos para custeio, comercialização e industrialização, as taxas de juros, e o foco nos pequenos e médios produtores brasileiros. Antônio ressaltou que uma das novidades do plano é a criação do Fundo de Aval Fraterno, uma medida adotada para facilitar a concessão de crédito para os produtores rurais e oferecer mais garantias à instituição fornecedora.
Rogério Boueri comentou que, para o próximo Plano Safra, há pontos a serem desenvolvidos, entre eles, a Agricultura 4.0. Boueri ressaltou que a agricultura é “o setor que mais dá certo no Brasil,” e que a ideia é fortalecer cada vez mais o segmento.
Ricardo Tomcyzk, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), falou sobre os desafios e avanços do mercado de etanol no Brasil. Em 2019, mais de três milhões de toneladas de milho devem ser processadas para produção de 1,4 bilhões de litros de etanol. A previsão é de que, em 2028, sejam produzidos mais de 8 bilhões de litros de etanol de milho.
A próxima reunião da Câmara setorial do milho e sorgo será em 21 de novembro.
ACEPAR 
ACERGS 
ACEMAT 
ACESC