COM VALOR DE R$ 516,2 BILHÕES, GOVERNO FEDERAL LANÇA PLANO SAFRA 25/26

Foto: Beatriz Batalha/Mapa

O Governo Federal lançou na manhã desta terça-feira, 1º de julho, o Plano Safra 2025/2026. O evento foi realizado em cerimônia no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

O Plano desempenhará o valor total de recursos de R$ 516,2 bilhões, com acréscimo de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior, que foi de R$ 508,59 bilhões. Serão ainda investidos R$ 89 bilhões para políticas de crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica e garantia de preço mínimo

> Destaca-se os seguintes valores para empenho 25/26:

> Custeio e Comercialização: R$414,7 Bilhões;

> Investimentos: R$ 101,5 bilhões com taxas que variam de 8,5% a 13,5% ao ano, de acordo com cada programa e finalidade;

> Demais produtores e cooperativas: R$ 447 bilhões; e

> Médios produtores rurais: R$ 69,18 bilhões em recursos controlados para o Pronamp, cujos beneficiários têm acesso à taxa de juros de 10% ao ano para custeio.

💸 Taxas de Juros 25/26:

– PCA: até 12.000 ton: 8,5%;

– RenovAgro e PCA: 10%;

– Custeio Empresarial: 14%;

– Pronamp: 10%;

– Moderfrota: 13,5%;

– Inovaagro: 12,5%;

– RenovAgro Ambiental e Recuperação/Conservação de Pastagens: 8,5%;

– Proirriga e Invest. Empresarial: 12,5%;

– Prodecoop e Procap-Agro: 13,5%; e

– Moderfrota Pronamp: 12,5%.

Para o presidente da ACEBRA, Jerônimo Goergen, “o que temos, na prática, é um ambiente de insegurança: ameaças de aumento de impostos sobre ferramentas essenciais como a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) afastam investidores e encarecem ainda mais o custo do financiamento privado. Isso afeta todo o setor — inclusive a agricultura familiar, que, mesmo sendo foco da política oficial, enfrenta dificuldades reais para acessar crédito a taxas viáveis.” Goergen ainda ressaltou que “diante desse cenário, nós, cerealistas, estamos criando alternativas concretas para financiar a produção com mais autonomia e eficiência. Um exemplo é a Cerealcred, iniciativa voltada a oferecer soluções de crédito privadas, estruturadas, com foco na realidade do campo e nas relações de confiança entre os agentes da cadeia.”

Em coletiva, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), rebateu afirmações de que o Governo Federal estaria promovendo um “patrocínio” ao agronegócio, destacando o papel crítico do setor para a sustentabilidade econômica e alimentar do Brasil.  “O agronegócio é essencial para o superávit comercial do país, segurança alimentar e geração de empregos. A renúncia fiscal é o mínimo para compensar os custos elevadíssimos enfrentados pelo setor, especialmente em relação à logística, insumos e operações”.

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