CTIA realiza sua primeira reunião em Brasília

Foi realizada na tarde desta segunda-feira (dia 19) a 94ª Reunião Ordinária da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, na Sala de Reuniões da Sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Roberto Queiroga, Diretor Executivo, esteve representando a ACEBRA no encontro.

Dando início as apresentações, Júlio Augusto Kampf, do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola – SINDAG fez uma breve apresentação com o objetivo do sindicato ser aceito como membro na Câmara. Fato este que foi acatado por todos os presentes.

Júlio destacou a aviação agrícola como referência na sustentabilidade alimentar e proteção ambiental, e ainda atentou sobre as falhas na legislação que regem o setor. Como na aviação agrícola o único meio de pulverização é com regulamentação própria, acaba sendo o mais fiscalizado. Desde modo, ocorrem diversos desafios desde a percepção negativa pela sociedade, os numerosos projetos de lei, até a duplicidade de fiscalização (federal e estadual), como decorrência de diferentes interpretações da legislação.

“De fiscalização ambiental temos o mesmo problema com os nossos armazéns. É uma dificuldade muito parecida, pois muitas vezes ficamos reféns do perfil ideológico partidário das câmaras municipais. Então, temos que trabalhar para retirar esses preconceitos, visando nossa segurança jurídica”, opinou Queiroga.

Sobre o mercado de insumos, David Roquetti Filho, representante da ANDA, destacou o recorde histórico do consumo de fertilizantes. O mês de dezembro/2017 foi encerrado com 2.358 mil t, e considerando os valores acumulados do ano, a elevação foi de 1,0% alcançando expressivos 34.439 mil t, contra 34.083 mil t de 2016. Em se tratando de sazonalidade, o Mato Grosso é líder absoluto nas entregas ao mercado, atingindo 6.789 mil t, seguido de São Paulo com 4.272 mil t, Rio Grande do Sul com 4.243 mil t, Paraná com 4.102 mil t e Minas Gerais com 4.002 mil t.

Elizabeth Chagas, da ASBRAM, apresentou as estatísticas do setor de Suplementação Mineral que também mostraram um crescimento em vendas: em torno de 3,27% em relação ao último ano. Esse crescimento, segundo Elizabeth, mostra o comportamento do mercado consumidor brasileiro, que atualmente está buscando por mais tecnologia na pecuária.

Em relação ao algodão brasileiro, o presidente da Câmara Julio Cezar Busato falou sobre os problemas de logística relacionados aos atrasos nos envios aos compradores internacionais, como a falta de contêineres nos portos. Segundo Julio, esses atrasos devido aos sistemas precários de embarque podem comprometer a boa relação entre agricultores e compradores de outros países (principais destinos do algodão brasileiro são asiáticos). Como alternativa, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão articula a retomada das exportações se concentrarem cada vez mais pelo porto de Salvador.

José Polidoro, da Embrapa, apresentou o andamento sobre as ações de conscientização e conservação de solos nos estados brasileiros. O projeto “Construtores de Solos” visa difundir informações aos produtores rurais com boas práticas conservacionistas e técnicas para a conservação de solos e águas, aumentando a competitividade do agronegócio nacional e a visibilidade do recurso solo como provedor de serviços ambientais à sociedade. Polidoro destacou a necessidade de conseguir recursos financeiros ao projeto que consiste em duas fases: a primeira, com foco na sociedade em geral (por meio de publicidade), e a segunda no produtor rural.

Em assuntos gerais, Busato informou que em breve terá reunião com o secretário-executivo do MAPA, Eumar Novacki, para tratar sobre as demandas da Câmara. Os presentes elegeram três assuntos principais para serem tratados no dia: postergação do Convênio ICMS 100/97; isonomia de PIS e COFINS e Criação de Lei de Defensivos e Marco Regulatório.

A próxima reunião da CTIA está agendada para o dia 16 de abril.