A cadeia produtiva de feijão e pulses teve uma vitória junto ao poder público nesta quarta-feira (20/06). Foi lançado no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) o Plano Nacional para o Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Feijão e Pulses. Na cerimônia o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, assinou a Portaria que define as diretrizes básicas do plano e cria o seu comitê gestor. O Comitê colocará em prática o plano, desenvolvendo as agendas e encaminhando os pleitos aos órgãos responsáveis e será composto por três representantes da iniciativa privada e um representante do governo, que se reunirão periodicamente.
O Plano trabalha com doze objetivos prioritários que irão nortear os trabalhos daqui em diante. Inicialmente, devem ser intensificadas as pesquisas de desenvolvimento de sementes, tendo como principal ator a Embrapa. A empresa tem investido em pesquisas para desenvolvimento e adaptação de cultivares ao clima brasileiro, com foco na alta produtividade, precocidade e uniformização da maturação.

Da esq. para dir.: Eumar Novacki, Secretário-Executivo do MAPA, e Blairo Maggi, Ministro da Agricultura.
O Secretário-Executivo do MAPA, Eumar Novacki, disse que planejamento e inovação são palavras de ordem no Ministério e que o desenvolvimento da cadeia produtiva do feijão se alinha aos objetivos do Plano Agro+. “Nós temos a obrigação de estimular e tirar as travas que atrapalham o crescimento da agricultura”, destacou Novacki.
Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE), lembrou que o Brasil, há cinco anos, não tinha como atender a demanda externa e que com a implantação do Plano, o país começará a se destacar na área. Para Lüders, “na medida em que temos mais variedades de feijão para oferecer, os produtores respondem, a indústria responde e certamente a balança comercial será impactada”.
O Ministro Blairo Maggi lembrou que a jornada brasileira para desenvolver a produção de feijão e pulses começou a partir da sua participação em uma reunião dos BRICS, na índia, há dois anos. A partir da visita ao país, o Ministério da Agricultura percebeu que o Brasil poderia atender a demanda crescente da Índia, que precisará de 30 milhões de toneladas de pulses nos próximos anos para alimentar sua população. Para o Ministro, “não há outro país no mundo que possa atender o volume de produção que a índia precisará nos próximos 20 anos”.
O Plano do Feijão, operacionalizado pelo seu Comitê Gestor, dá visibilidade às demandas que precisam ser resolvidas com apoio do poder público. Um exemplo disso é que, já no seu lançamento, o Ministro da Agricultura informou que irá atuar para melhorar os processos de fiscalização da qualidade dos grãos embalados e vendidos hoje no mercado nacional.