Governo libera mais de R$ 194 milhões para plano safra 2018/2019

 

Aumento do valor total disponível e juros menores. Esses são os destaques do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019, mais conhecido como Plano Safra, lançado na manhã desta quarta-feira, no Palácio do Planalto, com a presença do Presidente Michel Temer e do Ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

O PAP disponibilizará R$ 194,37 bilhões para financiar e apoiar a produção e comercialização agropecuária brasileira. Desse valor, mais de R$ 191 bilhões serão de crédito para custeio e investimentos. O restante são recursos para os programas de comercialização, R$ 2,6 bilhões, e seguro rural, R$ 600 milhões. Os recursos do Plano poderão ser acessados entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2019.

O Secretário de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, enfatizou que a agricultura brasileira é uma “poupadora de área”, porque aumenta a sua produtividade mantendo a área plantada estável. Segundo ele, “há sim potencial para chegarmos a 250 milhões de toneladas por safra”. O secretário mostrou em sua apresentação que os limites de crédito e beneficiários foram aumentados na maioria dos programas.

Para o Programa de Construção de Armazéns (PCA), foi liberado um montante de R$ 2,1 bilhões, sendo R$ 700 milhões para a construção de armazéns com capacidade de até seis mil toneladas. Para esses armazéns o governo está concedendo taxas de juros de 5,25% a.a. e para os demais a taxa será de 6,00% a.a., para pagamento em até 15 anos. Espera-se que o governo edite a Medida Provisória que permite aos cerealistas terem acesso à parte desses recursos, porém, diferente do ano passado, o tema não foi abordado durante o lançamento do Plano.

Outra novidade desse Plano Safra, é a possibilidade do produtor rural escolher entre a taxa pré ou pós-fixadas, para financiamentos superiores a 12 anos. O Secretário de Política Agrícola informou que, segundo dados da pesquisa Focus, hoje o produtor teria uma vantagem de 1,24% ponto percentual ao escolher a taxa pós-fixada. Para o Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Junior“as taxas de juros anunciadas estão coerentes com os pleitos da CNA, levando em conta o cenário econômico atual” e  “atendem às necessidades dos produtores brasileiros”.

O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, destacou a queda dos juros. “Tivemos uma redução media de 1,5% nos juros em relação ao Plano Safra passado, conseguimos avançar em relação à armazenagem com juros bastante atrativos de 5,25% a.a.”. O Ministro ainda falou sobre a importância do Plano Safra para o setor agrícola: “este Plano Safra visa dar continuidade aquilo que a agricultura e a pecuária brasileira vem conquistando nos últimos anos: ganho de produtividade, aumento de eficiência, uso de tecnologia para serem cada vez mais competitivas no mundo”.